terça-feira, 30 de junho de 2015

Contamos com seu apoio

No dia 8 de julho, vence a último boleto de pagamento das estacas de eucalipto tratadas utilizadas no cercamento do cume do Morro Redondo. Com o lucro da Festa de Santa Cruz, além das doações de Rosane Palha e do casal Murilo Moreira e Maria Amália pagamos a segunda e terceira parcelas, cada uma no valor de R$860,00. Para quitar parte destes valores utilizamos também recursos adquiridos através da ação entre amigos que sorteará, em setembro, uma colcha artesanal, avaliada em R$500,00, doada pela Fazenda Serra Alta.
A colcha é produzida por mulheres e adolescentes da comunidade quilombola do Barro Preto (Santa Maria de Itabira) dentro do projeto Mãos e Mente, patrocinado pela Serra Alta e coordenado por Teresinha Bethônico. Além da colcha a ação entre amigos irá sortear entre os apoiadores quatro livros de fotografia: "Suor Sagrado - Retrato das ações de fé em prol da cultura do Morro Redondo, doados pelo autor, Roneijober Andrade.
Mais uma vez precisamos da ajuda dos amigos do Morro Redondo para pagar esta parcela de R$860,00 qualquer valor doado ou aquisição de números da ação entre amigos é bem-vindo. Esclarecemos que devido a mudança do projeto de cercamento, com o acréscimo da trilha para saída de emergência, iremos necessitar de adquirir mais estacas. O cercamento e a trilha de saída de emergência visam a segurança dos visitantes e atendem a sugestão do Corpo de Bombeiros.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Arte e carinho nos Passos de Santa Cruz

Normalmente quem participa da caminhada da festa de Santa Cruz, realizada no primeiro final de
semana de maio, quer voltar. A alegria dos peregrinos é contagiante como também é a dos padrinhos que decoram os Passos de Santa Cruz, cruzeiros que demarcam o caminho de Ipoema ao Morro Redondo, onde é realizada a festa. Com cerca de quatro metros de altura os cruzeiros foram confeccionados com dormentes de linha férrea. Para criá-los busquei inspiração na cruz utilizada na primeira missa celebrada no Brasil, após o descobrimento.São 14 os cruzeiros sendo um maior situado ao lado do Santuário Senhor do Bonfim, no Morro Redondo. Muitos dos participantes da caminhada desconhecem que o primeiro Passo não é o situado ao lado da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, e sim, um colocado estrategicamente para resgatar uma tradição, na rua José Antônio Coelho. No passado recente esta via também possuía este símbolo do cristianismo, em frente à casa de Expedito, e por isto, ela é mais conhecida até hoje como “rua do Cruzeiro”. Depois de vários anos sem o cruzeiro a comunidade recebeu de braços abertos, o Passo, entre eles Milton Teixeira Campos, o popular "Melão", dona Vitalina Fagundes. Eles plantaram grama e flores ao redor do cruzeiro e todos os anos ele também é enfeitado pela família Martins Soares com ajuda de outros moradores.
Este ano o tema da festa foi “Santa Cruz: Festa das Flores, Cores e Devoção”, sugerindo aos padrinhos dos Passos decorar os cruzeiros com flores das cores de seus Santos de devoção. Teresinha Bethônico, itabirana radicada em São Paulo, é estreante na missão de madrinha de um dos Passos, o de sexto, situado no chafariz dentro da Mata do Limoeiro. Em janeiro ela já estava enviando mensagens via rede social: “Muito empolgada com a festa. Só penso nisso rsrsrs”, alegou em janeiro. “Adorando preparar a decoração da minha Cruz! Atualmente, só sei pensar na Cruz, rsrs”, disse numa das mensagens. “Minha Cruz está ficando tão linda que até emocionei. Estou amando participar tão intensamente”, informou noutra.
O 12º Passo, encrustado na bifurcação para o Maná é apadrinhado há três anos pelo belorizontino, Marcílio Costa que homenageou os Santos Juninos: São João, São Pedro e Santo Antônio. “busquei inspiração no tema Junino, uma vez que existem tantos devotos e como a alegria é remetida com clareza nesta festa... o folclore, as tradições caipiras, etc...” justificou. “Amo fazer esta decoração, todo 1º de maio, levanto às quatro da manhã, saio de Belo Horizonte, chego as seis em Ipoema abraçado pela brisa fria deste distrito, assim, minha inspiração e adrenalina ficam em evidência. Às dez horas, a cruz está decorada, então, subo o Morro Redondo e contemplo sua beleza e agradeço a Deus, por mais uma festa que participo e a população de Ipoema pela confiança e carinho”.
Segundo a tradição de Santa Cruz os voluntários têm de fazer este trabalho durante sete anos seguidos, Sônia Guimarães, já cumpriu, mas, não largou o ofício. Sempre auxiliada pelas amigas Terezinha Linhares e Elane Moreira eles decoraram o cruzeiro principal com flores multicoloridas em homenagem a todos os Santos. (Publicado no Diário de Itabira, de 24 de maio de 2015)
Foto: Daniel Galhardo

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Festa de Santa Cruz, em Ipoema, vai virar documentário

O projeto foi idealizado com o intuito de mostrar a importância de um povo que preserva suas tradições e crenças

Tatiana Santos - Site Defato Online

AFRA SANA
Festa de Santa Cruz despertou em cineastra a vontade de produzir um documentário
As belezas naturais e as tradições culturais de Ipoema, distrito de Itabira, vão virar filme. O curta-metragem “Cruzes ao Vento”, dirigido pela diretora Afra Sana, natural de São Sebastião do Rio Preto, foca a histórica peregrinação da festa de Santa Cruz, em Morro Redondo, que reúne centenas de fiéis de várias cidades e estados em um percurso de mais de 13 km há mais de 100 anos.

O projeto foi idealizado com o intuito de mostrar a importância de um povo que preserva suas tradições e crenças. “Cruzes ao Vento” reúne depoimentos e participação de pessoas da comunidade, além de organizadores da festa, turistas e colaboradores.

Todo o filme se passa em Ipoema e resgata a história da tradicional Festa de Santa Cruz, sua origem, as graças alcançadas pelos peregrinos e as histórias contadas de geração em geração. “Mostramos a importância de preservar a cultura de um povo que valoriza a sua história, para que ela não se perca com o tempo”, diz Afra.

A diretora conta que o trabalho surgiu após uma conversa com o fotógrafo Roneijober Andrade sobre religiosidade, tradições e crenças. “Como também sou de uma cidadezinha do tamanho deste distrito, onde também acontecem tradicionais festas, fiquei curiosa em saber mais sobre o assunto”, relata.

As filmagens começaram no ano passado, de maneira experimental, e terminaram no dia 3 de maio deste ano. “Cruzes ao Vento” deve ser lançado ainda em 2015, com estreia em Ipoema, Itabira e Belo Horizonte. Os organizadores pretendem também inserir o curta-metragem em festivais de cinema do Brasil e do exterior. Os apoiadores são: Transportes Cisne, pousada Tropeiro Real e Hotel Quadrado; restaurantes Fazendinha, Casa Sabor Real e Canto de Minas; e Museu do Tropeiro.
A diretora

Nascida em São Sebastião do Rio Preto, Afra Sana atualmente mora em Belo Horizonte. Sempre participa de eventos no distrito, como a Festa do Museu do Tropeiro, Rodas de Viola e cavalgadas. Também integrou o projeto Expedição Ronsarão, da Estrada Real, com os fotógrafos Roneijober e Sergio Mourão, além do jornalista José Sana.

Afra é formada em Relações Públicas pela Newton Paiva, em Jornalismo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belo Horizonte (FAFI-BH) e em Cinema pela Universidade Estácio de Sá (RJ). Durante sua carreira, já participou de vários documentários e filmes de ficção, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Santa Cruz: Flores, cores e devoção

Tá caindo fulô, eheh/Tá caindo fulô, eh ah/Lá do céu, cai na terra, eh/Tá caindo fulô”

Com este verso do cancioneiro do folclore mineiro, entoados em uníssono pelos integrantes da Guarda de Marujos Nossa Senhora do Rosário e pelo Grupo de Batuque de Roda da Comunidade Quilombola do Barro Preto os fiéis foram convidados a entrar no Santuário Senhor do Bonfim, para a missa da Festa de Santa Cruz. Uma chuva de pétalas de flores jogadas de cima do templo surpreendeu e emocionou os fiéis. “Meus Deus é uma das coisas mais linda que já vi”, exclamou com lágrimas nos olhos a belorizontina, Clara Regina.
Tendo como tema “Santa Cruz: festa das flores, cores e devoção”, a manifestação católica atraiu público recorde este ano. O evento foi realizado, em 2 de maio, no Morro Redondo, em Ipoema, e foi prestigiado por mais de mil pessoas segundo estimativa do festeiro, Luiz Carlos de Souza. A festa começou com uma caminhada do distrito até este mirante natural situado a 1224 metros de altitude do nível do mar. O carismático padre, Wagner Brito foi responsável pela missa, ele teve de dividir o espaço do altar com os fiéis, pois, o Santuário foi pequeno para o público.
Além das apresentações folclóricas da Marujada e do Batuque de Roda o evento contou com apresentação da Orquestra de Cordas da Escola Livre de Música, da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade. Durante a festa foram gravadas imagens para o documentário “Cruzes ao Vento”, da cineasta Afra Sana. O filme irá contar um pouco da história desta centenária manifestação religiosa de Ipoema.
A professora itabirana radicada em Brasília, Leda Del Caro Paiva há cinco anos vem a Ipoema prestigiar o evento, destacou a importância do filme. “Quero dizer que, realmente a festa foi linda. Aguardo o documentário, que será o registro do evento e a preservação da memória da celebração. No próximo ano, se Deus quiser, planejarei com antecedência para ficar mais tempo na cidade”, alegou. Quem também destacou a beleza da festa foi o editor da revista de turismo, “Caminhos Gerais”, Mário Carvalho Neto: “A Festa de Santa Cruz, do Morro Redondo, têm tudo para ganhar projeção nacional, isto é um fato mesmo, sem exagero”, afirmou.
SEGURANÇA - Para segurança dos fiéis o cume do Morro Redondo foi todo cercado, a trilha contemplativa situada na lateral esquerda foi melhorada e a antiga trilha que estava praticamente intransitável foi recuperada para servir de saída de emergência. Além disto, alguns voluntários do grupo Ipoema Ativa deram suporte aos visitantes orientado e auxiliando a acessar o Santuário.