sábado, 4 de junho de 2016

Festa de Santa Cruz: manifestações de fé e arte



A maioria dos peregrinos quando vencem os pesados 13 kms de caminhada, de Ipoema ao Morro Redondo experimentam uma sensação de bem estar incrível. Os motivos podem ser variados: a fé, a superação, a energia boa e contagiante da maioria dos participantes, a beleza cênica deste mirante, a recepção da guarda de Marujos, a missa festiva. O certo é que a maioria dos participantes da Caminhada de Santa Cruz quer voltar. Por isso, a cada ano a Festa de Santa Cruz, realizada no primeiro final de semana de maio, no Morro Redondo, vem atraindo mais fiéis e se firmando entre as manifestações católica, importantes de Ipoema
 A festa foi realizada nos dias 30 de abril e 1º de maio e, mais uma vez, registrou recorde de público, por isso, a missa foi campal. Depois da caminhada com o tempo nublado, no cume do Morro Redondo, o povo se valeu vários artifícios para abrandar o sol forte que abriu na tarde festiva: sombrinha, guarda-chuva, boné, chapéu e até da sombra do monumento “O Destino”. E assim, assistir a missa do padre Wagner Brito. A Guarda de Marujos Nossa Senhora do Rosário, do bairro Água Fresca (Itabira), abrilhantou a celebração.
 Após a missa, alguns fiéis se recorreram ao Wagner Brito para solicitar bênçãos, entre eles até uma garota que levou até o padre uma pequena cruz decorada para ser abençoada. SegundoO festeiro Luiz Carlos de Souza
 O Grupo de Dança Circulares Viva Roda apresentou quatro números:  Walenki (melodia folclórica russa), a ciranda Lição do Namoro (de Antônio da Nóbrega), Zemer Atik (dança de casamento em Israel) e Luz (de Rubinho do Vale). As três últimas músicas foram realizadas com a participação do público. Para deleite dos presentes a Associação Cultural Perecolândia também marcou presença com a bela dança de São Gonçalo. 

Documentário e oficina de decoração de cruzes

Com objetivo de manter viva uma tradição, no sábado, a partir das 14 horas, foi realizada na rancharia do Museu do Tropeiro a oficina de decoração de cruzes e cajados, tendo como monitores Sônia Guimarães, Elane Moreira e Terezinha Linhares. À noite, na quadra poliesportiva, foi lançado o longa-metragem “Cruzes ao Vento”, da cineasta Afra Sana. A quantidade de público surpreendeu os organizadores, era esperada cerca de 100 pessoas para a mostra e compareceram mais de 200. O filme foi rodado com recursos da Lei Drummond tendo como proponente o historiador e jornalista, José Sana e o incentivador foi a Transportes Cisne.
 O documentário que retrata um pouco da história da Festa de Santa Cruz foi ovacionado pelo público que custou a parar de bater palmas e grita ao término da exibição. Algumas pessoas foram cumprimentar a cineasta, Afra Sana com lágrimas nos olhos. Ela por sua vez também se emocionou com tantas manifestações de carinho.

(Texto publicado originalmente na coluna Expressão, do Diário de Itabira de 15-5-2016)

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