segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Revista DeFato publica matéria sobre ações no Morro Redondo



A revista DeFato dedicou duas páginas, de sua edição de janeiro, para falar sobre os projetos de Ipoema para o Morro Redondo. A matéria mereceu até chamada de capa onde diz: "Revolução em Ipoema: novidades que vão aumentar a fé e os turistas". Vale lembrar que a DeFato também já deu sua contribuição financeira para o projeto ela é uma das doadoras dos novos bancos do Santuário Senhor do Bonfim. Veja a matéria na íntegra.

IPOEMA REVOLUCIONÁRIA

Revitalização da capela de Senhor do Bonfim, de Morro Redondo e criação dos
caminhos para a localidade mexem com o entusiasmo popular na velha Aliança

José Sana

Primeiro foi o Museu do Tropeiro. Em volta dele, várias iniciativas culturais e históricas de grande porte nasceram com entusiasmo. Depois, uma rede de pousadas na região, que serve de suporte aos turistas. Agora é a vez do Morro Redondo, uma região situada a 12,9 quilômetros da antiga Aliança, na direção de Cachoeira Alta. A história da região é interessante e está reforçada pela existência de uma entidade muito coesa, a Associação Comunitária Rural do Maná, Montes Claros, Morro Redondo, Cachoeira Alta, Campestre, Cedro e Laranjeiras. À frente do projeto, como idealizadores e coordenadores, duas figuras conhecidas na região: o padre Luciano Simões e o fotógrafo Roneijober Alves de Andrade.
O que está sendo feito é um trabalho de longo prazo. Além da revitalização da Capela do Senhor do Bonfim, haverá mais novidades. O caminho de Santa Cruz é outra notoriedade: ele remete a fé religiosa à Idade Média, segundo os historiadores. A celebração começou quando foi descoberta uma imagem do Senhor do Bonfim por Santa Helena, mãe de Constantino, imperador romano que se converteu ao Cristianismo em 320 d.C.
Duas datas já estão definidas para uma festa histórica: dias 1° e 2 de maio. No sábado, a inauguração propriamente dita e, no domingo, antecipando-se à Festa de Santa Cruz, dia 3, a caminhada seguirá do distrito ao lugarejo, e será encerrada com missa e outras celebrações intermediadas por grupos folclóricos e a multidão rural que não falha. Os recursos financeiros para a obra vêm, aos poucos, do empresariado itabirano e da Prefeitura.

HISTÓRIA DA CAPELA
Ipoema, distrito de Itabira, capta forças para suas iniciativas turísticas e culturais de todos os lados. Basta lembrar a festa de Santa Cruz, realizada em 3 de maio do ano passado: as pessoas saíram debaixo de chuva, carregando cruzes e cantando até o alto da serra de Morro Redondo. Todos se assustaram com a participação do povo, que não se importou muito com a chuva fina que insistiu em cair durante toda a manhã. A história da capela começou em 1925, como informa Roneijober Andrade, mas diz ele que a primeira igreja caiu com o tempo. O segundo pequeno templo tem data de construção desconhecida. Só se sabe que foi erguido ao pé do morro e arrancado por uma forte ventania. A atual — é ainda Ronei que informa — foi edificada entre 1988/1989, tendo sido entregue à comunidade em maio de 1989. Em 1994, iniciou-se o trabalho de ampliação, concluído em 200
Apesar das obras de melhoria, poucos anos depois a capela foi praticamente abandonada devido à dificuldade de acesso. Também a Festa de Santa Cruz ficou esquecida por um bom tempo.
Em 2004, Roneijober Andrade, durante suas explorações do local em busca de novos ângulos para registrar imagens fotográficas, descobriu a possibilidade de se fazer uma trilha mais suave para o cume. Ele levou a ideia ao então secretário municipal de Obras, Carlos Henrique Silveira de Souza, em 2007, quando a Prefeitura abraçou definitivamente a causa, promovendo não só a implantação da nova trilha como outras melhorias citadas pelo coordenador das obras: mirantes, conclusão dos banheiros, revitalização dos caminhos, entre tantas. As realizações foram entregues à comunidade, em 3 de maio de 2008, quando esteve presente o primeiro pedreiro que trabalhou no local, em 1988: Juscelino de Castro.

REVOLUÇÃO IPOEMENSE
O projeto Abrace o Morro Redondo já é mais um referencial do turismo em Ipoema. Ele se resume numa série de ações que já estão sendo desenvolvidas para valorizar ainda mais a beleza natural do lugar. Eis alguns pontos especiais mencionados pelos líderes do movimento: implantação do Caminho de Santa Cruz: — sinalização dos 12,9 km do trajeto Ipoema a Morro Redondo com 14 cruzeiros que eram dormentes da linha férrea da Vale, para se constituir em um mosaico de informações históricas, culturais, ecológicas, etc.; — revitalização da capela: modificação da fachada, construção de torre e reforma geral; ornamentação de um novo altar com uma imagem do Senhor do Bonfim, doação de Vilma Nöel (Vilma também prepara uma obra de arte para ficar do lado de fora, a escultura O Destino, sob os auspícios da Lei Drummond via Transportes Cisne); criação de um deque no cruzeiro para que o local possa sediar pequenas apresentações artísticas, incluindo as tradições das guardas de marujos. Para um turismo sustentável será montada uma loja em que os moradores da região comercializarão seus produtos — quitandas, doces, artesanato, souvenirs.
Ipoema mais uma vez é destaque na Estrada Real e segue colhendo os resultados do trabalho dos seus próprios cidadãos. Como muda o distrito! — diz todo mundo que conhece essa jornada de persistência que tem mesmo cheiro de revolução. No caso da nova atração, Morro Redondo, cada um desses cidadãos tem o seu motivo para justificar e se vangloriar: beleza do local, estratégia de visão nos seus 1.224 metros de altitude, ar puro e uma comunidade acolhedora. O entusiasmo termina nas razões do padre Luciano Simões que junta a fé religiosa com história, cultura e turismo: “Morro Redondo é um lugar maravilhoso, onde a gente sente a presença de Deus de uma maneira especial”.

(Com André Nogueira)

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