segunda-feira, 3 de maio de 2010

Chuva não impede brilho da Festa de Santa Cruz





Comunidade de Morro Redondo do distrito itabirano recebeu centenas de fiéis católicos na Festa de Santa Cruz, cujo desenrolar provou que o povo da região é mesmo unido

ANDRÉ NOGUEIRA/JOSÉ SANA

Em 2009 e 2010, a Festa de Santa Cruz, já tradicional na localidade de Morro Redondo, a 13 km de Ipoema, distrito de Itabira, teve a chuva como ornamento especial. Pelo que parece, o fenômeno da natureza não afastou pelo menos algum devoto neste domingo, 2 de maio, ou pelo contrário, fez com que a fé se reavivasse nos participantes.
O padre Luciano Simões, responsável pela Paróquia de Ipoema e organizador do festivo dia, estava feliz durante todo o domingo, assim demonstrava, ao lado da mãe, que trouxe do Espírito Santo "especialmente para ver como cresce um povo diante do poder de Deus", disse uma caminhante que estava ao seu lado. Seu principal aliado na organização do programa e da revitalização da capela do Senhor do Bonfim, Roneijober Andrade, que buscou diretamente na fonte uma colaboração especial, da artista Vilma Nöel, as esculturas que fez e outra que está trabalhando como as principais peças para a localidade, também não lamentou aquilo a que chamou de “bênção da natureza”.
Ao lado de jovens e idosos estava o prefeito João Izael Querino Coelho, que também fez toda a caminhada de Ipoema ao topo do Morro Redondo, também sem lamentar até mesmo a estrada que teve barro em alguns pontos.

SANTA CRUZ
A tradicional festa começou no adro da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, em Ipoema, com a bênção das cruzes e dos cajados. Era pouco mais de 7 horas da manhã quando foi dado início à Caminhada de Santa Cruz, da velha Aliança ao Morro Redondo. Durante a jornada, deu para perceber o ânimo de muita gente. Eram cerca de 250 pessoas entre crianças, jovens e idosos. No percurso, notou-se a infraestrutura preparada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, representada por locais para descanso e banheiros, além da participação de outros setores, como de Saúde, que deixou uma ambulância à disposição para eventuais utilizações. Na Fazenda Cachoeira Alta, de Onelvino Coelho, a 8 km da arrancada, alguns participantes lancharam ou simplesmente saborearam o seu café.
A Missa Festiva, celebrada pelo padre Luciano Simões, quando da entrega da imagem de Senhor do Bonfim, criada pela artista plástica Vilma Nöel, e o levantamento da bandeira, foram instantes especiais, além do leilão de animais, das barraquinhas e da Feirinha de Arte.
Os festeiros Aristeu de Castro, Eleni Cássia Vieira, Geraldo (Lilino) Gomes, Roneijober Andrade e Silvano Aparecido dos Santos agradeceram a todos, principalmente aos colaboradores da Prefeitura, ao próprio prefeito e secretários pela participação direta na obra e no acontecimento, incluindo a decoradora Sônia Guimarães, que ministrou cursos de ornamentação de cruzes.
“Foi emocionante ver centenas de pessoas caminhando, mesmo debaixo de chuva, muitos tomando como desafio percorrer os 13 km, com muita subida”, disse um dos organizadores, o fotógrafo e festeiro Roneijober Andrade. Ele explicou que as condições climáticas inviabilizaram as apresentações culturais de três guardas de marujos, sendo duas de Itabira e uma de Serra dos Alves, das Lavadeiras de Ipoema, que haviam preparado três músicas especiais de Santa Cruz e de Quincas da Viola. “Mesmo assim, não tirou o brilhantismo da festa, que dentro em breve, com certeza, estará figurando como uma das principais do calendário religioso de Itabira”, completou.

Fonte: www.defatoonline.com.br

Um comentário:

  1. Belíssima festa, sempre!
    Torço pelo sucesso e pela sustentabilidade do turismo em Ipoema.
    Também tenho abraçado o morro redondo!

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