sábado, 4 de junho de 2016

Passos de Santa Cruz, sinalização com arte

Passo 6
Passo 1
Passo 2
Instalados com objetivo de sinalizar o caminho de peregrinação de Ipoema ao Morro Redondo, os 13 cruzeiros que compõem os Passos de Santa Cruz, se vestem de cor e arte em maio. Cada um possui um padrinho, ou uma família que é responsável em manter viva a tradição de decorar o cruzeiro para a Festa de Santa Cruz. A cada ano os padrinhos capricham mais na decoração, baseada no tema proposto pela decoradora do cruzeiro principal, situado ao lado do Santuário Senhor do Bonfim, Sônia Guimarães. Este ano, o tema foi “Cruzes ao vento”, em homenagem ao documentário sobre a festa, dirigido pela cineasta Afra Sana. Para o ano que vem o tema já está definido: “A tradição!” Será uma homenagem aos 10 anos de revitalização da Festa de Santa Cruz.
Todos os anos, Marcílio Costa acorda de madrugada e sai de Belo Horizonte rumo a Ipoema, para decorar o Passo 11, do qual é 
Passo 3
Passo 4
padrinho. Este ano, ele utilizou marmitex para compor sua decoração. Curiosamente, outra artista, Márcia Teixeira, usou o mesmo material, fez um terço para o Passo 3, com marmitex. E por falar em terço, ele esteve ornando também outros passos: 4 e 12. Isto mostra que os artistas estão em sintonia, mesmo sem se comunicarem na hora de planejar a decoração.


 

 

 

Decoradores dos cruzeiros:

Passo 6
Passo 5
Passo 0 - Rua do Cruzeiro - Família Martins Soares e moradores
Passo 1 - Matriz N. Sra. Conceição - Aparecida Madureira
Passo 2 - Ponte do Bibi - Luis Francis
Passo 3 - Mirante Luiz de Breno - Márcia Teixeira
Passo 4 - Entrada da Extinta Fazenda Limoeiro - Joana D’Arc Rodrigues
Passo 5 - Chafariz da Nascente do Caminho de Santa Cruz - Teresinha Bethônico
Passo 6 - Mirante do Parque Estadual Mata do Limoeiro - Família Silveira
Passo 7 - Bifurcação para o Macuco - Elane Moreira
Passo 7
Passo 8
Passo 8 - Fazenda Cachoeira Alta - Família de Onelvino Coelho
Passo 9 - Bifurcação para a Cachoeira Alta - Rosane Palha Montes
Passo 10 - Casa de Taciano de Castro - Marta Fonseca e família
Passo 11 - Bifurcação para o Maná - Marcílio Costa
Passo 12 - Portal do Morro Redondo - Isabel Vieira
Passo 13 - Ao lado do Santuário Senhor do Bonfim no Morro Redondo - Sônia Guimarães com apoio de Elane Moreira e Terezinha Linhares.
 
 
(Matéria publicada originalmente na coluna Expressão do Diário de Itabira de 22 de maio de 2016)
 

Passo 9

Passo 10

Passo 11

Passo 12

Passo 13

Festa de Santa Cruz: manifestações de fé e arte



A maioria dos peregrinos quando vencem os pesados 13 kms de caminhada, de Ipoema ao Morro Redondo experimentam uma sensação de bem estar incrível. Os motivos podem ser variados: a fé, a superação, a energia boa e contagiante da maioria dos participantes, a beleza cênica deste mirante, a recepção da guarda de Marujos, a missa festiva. O certo é que a maioria dos participantes da Caminhada de Santa Cruz quer voltar. Por isso, a cada ano a Festa de Santa Cruz, realizada no primeiro final de semana de maio, no Morro Redondo, vem atraindo mais fiéis e se firmando entre as manifestações católica, importantes de Ipoema
 A festa foi realizada nos dias 30 de abril e 1º de maio e, mais uma vez, registrou recorde de público, por isso, a missa foi campal. Depois da caminhada com o tempo nublado, no cume do Morro Redondo, o povo se valeu vários artifícios para abrandar o sol forte que abriu na tarde festiva: sombrinha, guarda-chuva, boné, chapéu e até da sombra do monumento “O Destino”. E assim, assistir a missa do padre Wagner Brito. A Guarda de Marujos Nossa Senhora do Rosário, do bairro Água Fresca (Itabira), abrilhantou a celebração.
 Após a missa, alguns fiéis se recorreram ao Wagner Brito para solicitar bênçãos, entre eles até uma garota que levou até o padre uma pequena cruz decorada para ser abençoada. SegundoO festeiro Luiz Carlos de Souza
 O Grupo de Dança Circulares Viva Roda apresentou quatro números:  Walenki (melodia folclórica russa), a ciranda Lição do Namoro (de Antônio da Nóbrega), Zemer Atik (dança de casamento em Israel) e Luz (de Rubinho do Vale). As três últimas músicas foram realizadas com a participação do público. Para deleite dos presentes a Associação Cultural Perecolândia também marcou presença com a bela dança de São Gonçalo. 

Documentário e oficina de decoração de cruzes

Com objetivo de manter viva uma tradição, no sábado, a partir das 14 horas, foi realizada na rancharia do Museu do Tropeiro a oficina de decoração de cruzes e cajados, tendo como monitores Sônia Guimarães, Elane Moreira e Terezinha Linhares. À noite, na quadra poliesportiva, foi lançado o longa-metragem “Cruzes ao Vento”, da cineasta Afra Sana. A quantidade de público surpreendeu os organizadores, era esperada cerca de 100 pessoas para a mostra e compareceram mais de 200. O filme foi rodado com recursos da Lei Drummond tendo como proponente o historiador e jornalista, José Sana e o incentivador foi a Transportes Cisne.
 O documentário que retrata um pouco da história da Festa de Santa Cruz foi ovacionado pelo público que custou a parar de bater palmas e grita ao término da exibição. Algumas pessoas foram cumprimentar a cineasta, Afra Sana com lágrimas nos olhos. Ela por sua vez também se emocionou com tantas manifestações de carinho.

(Texto publicado originalmente na coluna Expressão, do Diário de Itabira de 15-5-2016)