Mirante ilustra espaço do leitor n"O Tempo"

Reprodução da foto-legenda publicada no jornal diário mineiro, O Tempo

O novo mirante do Morro Redondo, que também servirá de palco para apresentações culturais já virou até foco para imagem que ilustrou a coluna do Leitor, do caderno de Turismo do jornal O Tempo, no dia 7 de dezembro, a foto foi tirada e enviada por Erik Souza. Faça como ele, envie sua foto da bela paisagem do Morro Redondo para grandes jornais e a imprensa especializada em turismo.

Foto original feita enviada por Erick Souza

FAÇA PARTE DESTA HISTÓRIA - Este mirante foi construído numa parceria da comunidade com a Prefeitura de Itabira. A Prefeitura doou a mão-de-obra especializada e a comunidade e turistas amigos doaram recursos financeiros para aquisição das madeiras. Aproveitamos a oportunidade para informar que ainda estamos devendo a madeireira Madeita, R$1.200,00, quem quiser contribuir com esta obra que visa promover o turismo sustentável e a cultura no Morro Redondo pode depositar qualquer quantia diretamente para a madeireira: Madeiras Itabira Ltda - CNPJ 01369679/0001-53 - Banco Bradesco - Agência 1685 - Conta Corrente 9358-0. É muito importante me comunicar o depósito para o idealizador e coordenador das obras de revitalização do Morro Redondo, Roneijober Andrade, se possível até enviar o comprovante ou fazer o depósito nominalmente. Contatos: celular (31)8808-9294, e-mail: roneijober@gmail.com. Qualquer valor é muito bem-vindo, pois, gostaríamos de terminar 2013 sem esta dívida.

Festa de Nossa Senhora do Rosário: fé e cultura

 No domingo, 27 de novembro, foi realizada a quarta Festa de Nossa Senhora do Rosário, no Morro Redondo, evento criado para marcar a inauguração das obras de revitalização do Santuário Senhor do Bonfim e da edificação do monumento “O Destino”. Os reis festeiros Carlos Antônio de Castro e
Marta Fonseca não pouparam esforços para fazer uma celebração carregada de alegria e devoção. A
missa celebrada pelo padre Renato Menezes foi abrilhantada pela Guarda de Marujos Nossa Senhora
do Rosário, do bairro Caminho Novo (Itabira).

Após a missa festiva foi realizado o levantamento da bandeira de Nossa Senhora do Rosário e a solenidade de troca das coroas. De joelhos, Geraldo Paulo Rodrigues e Maria Perpétuo Socorro Rodrigues receberam as coroas para reinarem até outubro de 2014, quando serão os festeiros.

FESTA DAS CRIANÇAS – Após as homenagens a Nossa Senhora do Rosário, pelo segundo ano consecutivo, Marta Jacomé promoveu a Festa das Crianças. Ela e seu irmão: Marciano Jacomé, se transformaram na dupla de palhaços Pirulito e Rosquinha para entreter as crianças e distribuir brindes e guloseimas. Marta agrade o apoio recebido da Copiart Papelaria, da Kalango Doce, de Afonso Celso Lage e da Comunidade. Os festejos foram prestigiados pelo prefeito Damon Sena e pelo ex João Izael.

Senhor do Bonfim forte e milagroso

                                                                  Por Stael Azevedo (Publicado no Diário de Itabira 27/10/2013)

O santuário do Senhor do Bonfim, no Morro Redondo, em Ipoema, é cenário de grandes manifestações reli- giosas. Dentre elas a Festa do Senhor do Bonfim, em setembro, a de Santa Cruz, no mês de maio, e a de Nossa Senhora do Rosário, outubro. Além dessas festas, todo mês é realizada um missa na capelinha, pelo pároco Renato Menezes Cruz.
Antes das festas religiosas ocuparem o calendário anual, bem antes disso, no tempo de Francisca de Jesus “Sá Chiquinha”, na época em que existia apenas um cruzeiro de madeira, as comunidades do entorno subiam o Morro Redondo, tradicionalmente no dia 3 de maio, para rezar aos pés do cruzeiro. Os fiéis rezavam e faziam pedidos, em seguida era servido café acompanhado com deliciosas quitandas feitas em forno a lenha e água.
Segundo Luiz Evangelista dos Santos, 55 anos, mais conhecido como “Luiz de Alvim”, morador da localidade do Maná, próxima ao Morro Redondo, diz que essa tradição ainda resiste ao tempo, com os devotos subindo ao santuário para pedir bênçãos e ajuda divina para resolverem seus problemas.
Luiz de Alvim diz que foi testemunha de milagres que aconteceram naquele alto, e relata um deles, convicto do que ele mesmo presenciou:
“Olha pra ocê vê quando a pessoa tem fé com Deus. Lá no Morro Redondo, em 2001, quando nós fez a Festa do Senhor do Bonfim, eu tava inaugurando a gruta e a água e não podia soltar foguete não, porque o capim tava muito seco. Mas a nossa alegria era tanta... Nós tava com um grupo de marujada lá, beleza, quando nós chegamos na gruta achamos que lá não tinha perigo, e as caixas de foguetes preparadas né... Aí eu gritei com a turma: Ô gente pode soltar a taca nesse trem. Pode sentar fogo nesses foguetes.
“Ah menina! Soltou dois, soltou três, soltou quatro, quando inteirou cinco o fogo agarrou no campo e nós custamos a apagar ele. Aí tinha uma dona de Itabira chamada Marlene que tava lá, e o fogo caminhando assim no capim, a mesma coisa que tivesse com gasolina, aquele trem seco, sabe, e ela tentando nos ajudar. Tirou o chinelo fora e ela tentando apagar o fogo em cima das pedras vermelhas igual brasa.
“Acredite: o Senhor do Bonfim é tão milagroso que ela não queimou os pés. Isso aconteceu em 19 de setembro, dia da Festa do Senhor do Bonfim. Lá tinha barraca, caminhão, Kombi, Voks, estacionado ao redor do fogo. Quando o fogo agarrou no mato eu gritei: Senhor do Bonfim, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Guia, São Cristóvão salve nós! E aquelas línguas de fogo iam subindo... um trem doido, um trem do outro mundo. E aí o pessoal da festa montou em cima para apagar o fogo.
“Totone de Jésus, Lado de Dona Dudu, Marlene. Aristeu, Élcio, meus meninos e eu, fervemos em cima do fogo. Quando apagamos o fogo vimos que o milagre do Senhor do Bonfim é grande demais, pois dona Marlene nem tuscou o pé. Mas antes de ver os pés, eu cheguei aflito perto dela e disse que precisava levar ela para o pronto-socorro. Foi quando ela passou os dedos nos pés e saiu aquela cinza branquinha, nem esquentou os pés.
“Eu já passei muito na brasa e vi muita gente passar muitas e muitas vezes, no Maná, lá na casa de Zé Francisco meu padrinho. Mas o caso de dona Marlene me impressionou. O Senhor do Bonfim é forte e milagroso.

Em tempo
Neste domingo, a partir das 13h, acontece no Morro Redondo a Festa de Nossa Senhora do Rosário pelo quinto ano consecutivo. Os festeiros são Carlos Antônio de Castro e Marta Fonseca.
O evento terá participação especial da Guarda de Marujos de Nossa Senhora do Rosário de Itabira.

Vá e leve seus amigos.

Depois do Senhor do Bonfim é a vez de celebrar a Nossa Senhora do Rosário

No próximo domingo 27, a partir das 13 horas, será realizado no Morro Redondo a quarta Festa de

Nossa Senhora do Rosário, o evento marca os três anos de inauguração das obras de revitalização do
Santuário Senhor do Bonfim e da edificação do monumento “O Destino”.

Os reis festeiros são Carlos Antônio de Castro e Marta Fonseca que prometem uma bela festa com a participação da Guarda de Marujos Nossa Senhora do Rosário, do bairro Caminho Novo (Itabira). 

O padre Renato Menezes será o responsável pela celebração festiva e o marujeiro Antônio Beato pelo ritual de troca de coroa.

A partir do meio dia, um grupo de cavaleiros irá se concentrar, na casa de Taciano de Castro, para participar do cortejo dos reis até o Morro Redondo. Após a missa acontecerá a segunda Festa das Crianças organizada por Marta Jacomé.

O ensaio fotográfico é da Festa de Senhor do Bonfim realizada, em 22 de setembro, com a participação dos congadeiros da Irmandade Nossa Senhora do Rosário, do bairro Barreiro de Cima, Belo Horizonte.

Teaser bem humorado de show de Músicas do Espinhaço destaca Morro Redondo

Música do Espinhaço no Morro Redondo – Ano IV

Músicas do Espinhaço num show carregado de boas energias - Foto Daniel Galhardo

A história religiosa do Morro Redondo data de mais de um século, a inauguração das obras de revitalização deste mirante natural, em 2010, marca o início de uma nova fase cultural deste patrimônio de Ipoema. Foi nesta festa, realizada em 23 de outubro de 2010, que o grupo Músicas do Espinhaço transformou o Morro Redondo em cenário de seu show pela primeira vez. Em 17 de agosto, a banda belorizontina fez mais uma
apresentação neste mirante, desta vez, um show diferente, acústico, realizado dentro do Santuário Senhor do Bonfim. O evento faz parte da turnê de lançamento do quarto CD: Janelas.

Fotos Roneijober Andrade

O líder da banda, Bernardo Puhler se sentiu realizado com o show. “Hoje, na minha cabeça, não existe um lugar tão exato pra cantar as canções do Espinhaço pra outras pessoas. Por isso estar pelo quarto ano seguido no Morro Redondo faz tanto sentido. Dessa vez as coisas aconteceram como sonhamos outrora, primeiro o tempo aberto clareado pela Santa Clara do Espinhaço, depois a comunidade podendo usufruir dos espaços que pensamos pra eles se auto-sustentarem e por fim um formato mais intimista, com canções que se adequam perfeitamente ao clima introspectivo do lugar.”, revelou o músico.

Varal de fotografias e artesanato compondo a paisagem do Morro Redondo 

Cerca de 150 pessoas prestigiaram o show. O Santuário ficou pequeno para tanta gente, além de ipoemenses e visitantes vindo de Itabira, Belo Horizonte, Caeté e Divinópolis, entre outras cidades de Minas Gerais o evento atraiu pessoas de São Paulo, Rio de Janeiro e até Florianópolis. Além do show teve artesanato de Rosane Palha e varal de fotografias com a participação de: Cleber de Assis, Orlando Ramos, Valério Adélio, Stael Azevedo, Renata Ferreira Rocha, Consuelo Abreu, Sérgio Mourão, Terezinha Souza, Daniel Galhardo e eu, é claro.

Com as bençãos do Senhor do Bonfim e de Santa Clara mais um show do Músicas do Espinhaço

Costumo brincar de classificar o ritmo do Músicas do Espinhaço como: Música Popular das Montanhas de Minas (MPMM), por isso, a banda vem atraindo um seleto grupo de fãs que também são amantes da natureza. Quem atesta isto é a geógrafa de Florianópolis, Haliskarla Moreira de Sá. “Músicas do Espinhaço descortina com poesia e delicadeza as maiores riquezas de Minas Gerais. Através de suas músicas viajamos por lugarejos protegidos pela imensidão de suas montanhas, descobrimos novas trilhas, paisagens, culturas e sabores. E foi assim com Morro Redondo, quando ouvia a música ficava imaginando como seria bom vivenciar tudo isso e esse show foi de certa forma a materialização de tudo isso. Fiquei encantada com o lugar, com sua paisagem (um mar de morros), um pedacinho do céu. Parti com a certeza de voltar”, alegou.

O itabirano, Alexandre Garcia, da Ver de Perto Aventuras, destacou a importância de eventos como este que promovem o turismo sustentável. “O show e a banda são de altíssima qualidade, a acústica literalmente divina, astral abençoado na presença de diversificadas pessoas de bem. Como sempre o empenho de Roneijober e seus colaboradores ipoemenses conseguiram com total sucesso aumentar o prestígio do atrativo turístico religioso e contemplativo que é o Morro Redondo. Não posso esquecer do delicioso feijão tropeiro que como regional veio deixar ainda mais gostosa a tarde. Ressalto que iniciativas sustentáveis como esta, deixam um bom legado à comunidade ao dar oportunidades aqueles que não a possuem”.

O grupo Músicas do Espinhaço é composto por: Bernardo Puhler (voz, violão, piano e flauta transversal) Gustavo Campos (percussão, efeitos e voz), Matheus Félix (violino e bandolim), Rafa Furst (bateria, violoncelo, viola caipira e voz) e Zé Mauro (baixo, violão e voz). No Morro Redondo eles executaram as composições próprias: Ayodhia, Pedra do Elefante, Poço Encantado, Pai de pai, O correr da vida, Lago, Pela montanha, Seu Zué, Varanda, Fé sempre-viva, Borboletar / Delicadeza, Mão do sol, Morro Redondo, Perereca-de-pijama e Cabeça de Boi além de “Cálix Bento” do folclore brasileiro. Um dos momentos mais emocionantes do show foi quando o público cantou de braços dados a canção Morro Redondo.

Para a ipoemense, Tereza Celme Lage ouvir o som de um violino sendo tocado no Morro Redondo foi realizar um sonho. Sozinha, a paulista Camila Folk de Oliveira, pegou um vôo para Belo Horizonte e depois alugou um carro para chegar em Ipoema e também realizar um sonho. “Já conheci vários cantos de Minas, mas, confesso que o Morro Redondo foi o canto mais especial que até hoje encontrei. Poder segurar na “Mão do Sol” dentro da capela ouvindo os meninos do Espinhaço ao vivo foi realizar um sonho! A poesia e o som do Músicas do Espinhaço, as montanhas mágicas de Minas e o vento que eu senti no Morro Redondo vão me acompanhar e aquecer meu coração e minha vida na selva de pedra. Que Deus guie meus passos para um dia voltar!” contou Camila Folk.

De Belo Horizonte, Daniel Galhardo assistiu pela segunda vez um show da banda no Morro Redondo, pra ele é algo indescritível. “Falar de um show do Músicas do Espinhaço é difícil, tem que assistir pra sentir. A beleza de suas músicas tendo como um palco o Morro Redondo, é viver um momento impar!”
O Músicas do Espinhaço possui um projeto aprovado na Lei de Incentivo a Cultura Estadual para a gravação de um DVD ao vivo no Morro Redondo e está a procura de uma empresa para patrociná-lo. Quem habilita? Mais informações e músicas para baixar gratuitamente no site http://www.musicasdoespinhaco.com.br/.

4º Show do Músicas do Espinhaço no Morro Redondo

Será realizado dia 17 de agosto, a partir de 15 horas, o show do grupo Músicas do Espinhaço no Morro Redondo, em Ipoema. Durante o evento haverá outras manifestações culturais, varal fotográfico, venda de artesanato e barraquinha refrigerante, feijão tropeiro e caldo de mandioca.  Mais informações (31) 8808-9294.

A mulher que amou o vento

Se existe um lugar mágico em Ipoema, ele, com certeza, se chama Morro Redondo. É este o cenário natural de pura beleza de algumas das locações do longa metragem "A mulher que amou o vento", dirigido por Ana Movie. Esta produção independente mostrará um universo fantástico e poético da relação de uma personagem que se apaixona pelo vento e promove alguns jogos, brincadeiras com ele. A paixão dela é tão grande que o vento de repente toma corpo, vira um ser que se manifesta e invade o universo desta mulher. No domingo 14 de julho, foram gravadas as primeiras cenas do filme no Morro Redondo e, no decorrer da semana serão registradas outras imagens. Também haverá locações numa cachoeira próximo ao Campo da Garça e no Baú (Nova União).

Tomei a liberdade de fazer um convite para ele ser lançado no Festival de Cinema de Ipoema, o CineIpoema. Segundo o produtor da mostra ipoemense, Cleber Camargo seria legal o filme ser exibido no próprio Morro Redondo. É bom lembrar que o segundo CineIpoema foi encerrado no Morro Redondo com exibição de filme e show.

Veja o vídeo da entrevista com Ana Movie. 

Precisamos de sua ajuda para construção do deque

Voluntários carregam peça de eucalipto, doada pela Cenibra, para a base do deque

Iremos fazer mais um trabalho do projeto de revitalização do Morro Redondo visando o turismo sustentável. A construção de um deque que servirá de mirante e de palco para apresentações culturais, além de servir também para realizar missas campais em dias de festa, quando o santuário fica pequeno para o grande número de fiéis. Queremos inaugurar este espaço no próximo dia 17 de agosto, com o show de lançamento do CD Janelas do grupo Músicas do Espinhaço. A Prefeitura de Itabira ficará responsável pela mão-de-obra técnica de carpinteiros e voluntários irão ajudar no trabalho como o de subir com o material. No sábado, 29 de junho, os voluntários: Francis, Gilbram, Marcinho e Evandro   começaram a pesada tarefa de subir com algumas peças de eucaliptos, doadas pela Cenibra, que serão utilizadas na base.

Estamos necessitando agora de outros materiais ou de dinheiro para começar executar o serviço. Como a conta da igreja que era exclusiva para execução destas obras foi encerrada devido ao longo tempo de inatividade, negociei com a Madeita para que as doações fossem feitas diretamente na conta deles e revertida na compra dos materiais que necessitamos. Faça parte desta história, Abrace o Morro Redondo, qualquer valor é bem-vindo. Deposite na Conta da Madeiras Itabira Ltda - CNPJ 01369679/0001-53 - Banco Bradesco - Agência 1685 - Conta Corrente 9358-0.
é muito importante me comunicar o depósito, se possível até me enviar o comprovante ou fazê-lo nominalmente. Meu contatos são celular (31)8808-9294 e e-mail: roneijober@gmail.com
Caso queira fazer doação de material segue a lista do que necessitamos e a planta do deque.

MATERIAIS

Barrotes 15x6 de Parajú – Preço do metro R$16,00:

14 peças de 3 metros = R$672,00
5 peças de 1,5m = R$120,00
Eucalipto tratado padrão 10 a 12 cm (parapeito) R$12,50 cada
33 peças = R$412,00
Assoalho de Rouxinho régua de 20cm cada metro R$13,00
240 m = R$3.120,00
60 peças de 3,5mX0,20
14 peças de 1,5X0.20
15 Barras de rosca sem fim de 1metro por 3/8 R$4,80 R$72,00
90 Porcas 0,10 = R$9,00
90 Arruelas 0,10 = R$9,00

Festa de Santa Cruz: tradição renovada

A Festa de Santa Cruz é uma tradição centenária de Ipoema, no passado dezenas de pessoas peregrinavam até o Morro Redondo para render graças ao símbolo maior do cristão e pedir milagres. Há cinco anos o ritual de caminhar até este mirante natural para o evento foi resgatado e a cada ano cresce. No dia 5 de maio, a Festa de Santa Cruz foi realizada com brilhantismo, além dos caminhantes contou com ciclistas, cavaleiros e, é claro, com os fiéis que foram de carro.

A missa foi celebrada pelo padre Márcio Soares que no final além de benzer as cruzes dos cajados dos peregrinos fez questão de tocar em uma por uma. O número de fiéis presentes surpreendeu até o padre, pois, faltou hóstia, para que todos comungassem. No final da missa festiva, eu, como idealizador e coordenador projeto de revitalização do Morro Redondo prestei homenagens a alguns dos voluntários nas obras: Geraldo (Lilino) Gomes, Vanda Jacomé e Santos Benevides, além de Raul Soares que doou a primeira imagem de Senhor do Bonfim ao Santuário do Morro Redondo. Todos receberam um exemplar do meu livro de fotografias: “Suor Sagrado – Retratos das ações de fé em prol da cultura do Morro Redondo”.

Após a missa a festa continuou com barraquinha e evoluções de três Guardas de Marujos. O vice-capitão da Guarda de Marujos de São Sebastião, Antônio Beato fez até uns versos especiais para o evento: “Saímos de Itabira/Onde canta a seriema/ Festejar a Santa Cruz/No morro de Ipoema”. 

Trabalhando para manter viva uma tradição a artista plástica Sônia Guimarães, responsável pela decoração do cruzeiro principal, situado ao lado do Santuário Senhor do Bonfim, aproveitou a sombra do monumento O Destino para ensinar os interessados a decorar as cruzes com papéis coloridos, entre elas a australiana Marlee Nebaue

Caminhada de Santa Cruz pela paz

Uma das festas religiosas que mais cresce em participação é a de Santa Cruz realizada sempre no primeiro domingo de maio, no Morro Redondo, em Ipoema. A cada ano a organização e a beleza do evento são aprimoradas. Este ano a festa foi realizada no dia 5 de maio, às 7h30, os peregrinos se agruparam na porta da Matriz de Nossa Senhora da Conceição para receber as bênçãos da ministra da Eucaristia, Maria Lúcia. Durante a cerimônia um fato inusitado uma pomba branca, símbolo do Espírito Santo e da Paz veio e pousou próximo ao pé da ministra. Curiosamente o tema da festa deste ano foi: "O branco da paz torna a vida mais colorida". Às 7h40 os fiéis já estavam caminhando em meio as brumas característica de Ipoema no período frio do ano.

Cerca de 100 pessoas participaram este ano da caminhada entre crianças, jovens, adultos e idosos entre eles até o prefeito Damon Sena e a primeira dama Áurea de Sena. Residente em Brasília a itabirana, Leda Del Caro veio para Minas pelo terceiro ano consecutivo só para participar da peregrinação, também havia visitantes de São Paulo. Outro grupo de caminhantes liderados pelo vereador, Eduardo Motta saiu da vizinha cidade de Bom Jesus do Amparo fazendo o roteiro comunidade do Sapé, Macuco, Morro Redondo. Os montanhistas monlevadenses Mateus Brum e André Luis Chaves optaram por fazer o trajeto de 13 km com muita subida correndo. Uma ambulância com médico e enfermeira, cedida pela Prefeitura de Itabira acompanhou os participantes durante todo trajeto.

Para não fugir da tradição tropeira um grupo de cavaleiros, entre eles o vice-prefeito Reginaldo Calixto saíram do Haras do Délio, em Ipoema, com destino ao Morro Redondo. Uma novidade deste ano foi à participação de ciclistas de Itabira, Ipoema e de Belo Horizonte. Líder do grupo Picc Pedal, de Belo Horizonte, Israel Tomaz escreveu ao postar na internet um álbum com mais de 100 fotos do evento: “Simplesmente inesquecível esse pedal, onde num dia só participamos de uma bela festa religiosa do povo de Ipoema, que com tanto carinho nos convidou; treinamos subida de montanha na respeitosa estrada do Morro Redondo, nos divertimos muuiiitoo...”.

A decoração dos cruzeiros, chamados de Passos de Santa Cruz, que demarcam esta rota religiosa foi um show à parte, em cada um deles os peregrinos paravam pra uma sessão de fotos e também pra encostar seus cajados pedindo bênçãos. Os artistas responsáveis pelas decorações foram Aparecida Madureira, Luis Francis, Márcia Teixeira, Juliana Chagas (Juju Original), Meire Alice, Roneijober Andrade, Elane Moreira, família de Onelvino Coelho, família de Taciano de Castro, Marcílio Costa, Isabel Vieira e Sônia Guimarães.

Em preparação para a festa e visando preservar a cultura centenária de decorar as cruzes com papéis coloridos, na tarde de sábado, 4 de maio, a Fundação Cultural Carlos Drummond promoveu a oficina: "Cruzes religiosas - A fé de um povo traduzida em arte", ministrada por Sônia Guimarães da Criar – Decoração, arte e cultura, no Museu do Tropeiro.

Vale destacar também o carinho de moradores do percurso com os peregrinos como a família de Onelvino Coelho que sempre oferece um café e também a de Taciano de Castro que montou uma mesa ao lado do Passo de Santa Cruz incrustado em sua propriedade para ofertar: água, biscoito e suco. No cruzeiro situado na entrada do Morro Redondo a decoradora Isabel Vieira anexou um cestinho com dezenas de origamis com mensagens de paz.